Roteirista: Você.

Ultimamente eu não tenho tido muito tempo ou criatividade para falar de você, de nós, do presente, do futuro, dos sonhos. Perdoe-me por isso. Inconscientemente, acabei tomando uma decisão que modificou totalmente minha maneira de agir, pensar e sentir você. Deve ter percebido como ando distante e dispersa. Não demonstro mais o que sinto com a mesma frequência de antes. Mas isso não significa que eu não sinta, ou que sinta menos Não. Apenas decidi guardar em mim, mostrar para mim e dividir comigo. É claro que essa mudança não ocorreu de uma hora para outra, sem mais nem menos. O seu descaso desencadeou tudo. Talvez nem seja descaso, talvez seja só cansaço. Infelizmente, você não costuma dividir comigo as suas angústias. Então, só me restam suposições. Sua vida tão conturbada e cheia de conflitos está me assustando, e muito. Mas o que sinto é uma vontade imensa de enfrentar todos esses desatinos contigo. Contraditório, ou não. O magnetismo do perigo sempre me dominou, assim explico meu gosto absurdo pelo errado. Por você. Sim, você é errado, pra mim, claro. E, que bom que é. Mesmo quando não quero te querer, eu te quero com toda a intensidade que me é capaz. E mesmo quando meu desejo é te arrancar de mim, eu desejo você ao meu lado, em meus braços. Tomei distancia de você esperando que a saudade de mim abale sua estrutura. Peça-me para voltar, diga que está aflito, que me precisa, e eu voltarei sem hesitar. Deixei de lhe demonstrar o que sinto esperando que você sinta abstinência de minhas palavras. Obrigue-me a dizer, e eu o farei com gosto. Quero que sinta falta do que fui para demonstrar-te quem serei. E, se assim desejar, serei completa e eternamente sua.

0 Eu acho que:

Postar um comentário