Be happy so long.



Aquela foi a melhor primavera que já vivi - ele dizia - pena que tudo acabou na estação seguinte.

A felicidade plena havia sido alcançada por eles. E nada mais seria suficiente para derrubar as paredes duras de amor que eles construíram. Prestes a comemorarem o terceiro ano como um só ser, planejavam algo especial como comemoração. Tudo foi tão difícil no começo, quase desistiram. "O errado que deu certo." Não havia dúvidas, foram feitos um para o outro. E agora, um sem o outro não existiriam mais. Sabiam tudo sobre o amor, pois viveram cada característica com uma intensidade maior que a necessária. E enfrentavam todas as barreiras que o tempo impunha-os sem estremecer. Tudo o que sabiam aprenderam por conta própria, eram professores de si e alunos do amor que sentiam. Mas esqueceram de um detalhe indispensável: o para sempre, sempre acaba. Era primavera e ele precisava estudar para o vestibular. Inteligente, certamente seria aprovado nas melhores faculdades. Ela estava um ano atrás no colégio, então não se preocupava. Porém, fazia questão de ajudá-lo nos estudos. Juntos era bem mais divertido. Cursaria o mesmo que seu pai, seu tio, seu avô, enfim, coisa de família. Orgulhar seus pais era o único objetivo a alcançar, e não faltava muito para isso. Fácil demais. Aprovado! Mais um motivo de felicidade, era perfeito. Mas, no ano seguinte, ele mudou. Agora se relacionava com meninos da faculdade, e agia como um menino da faculdade. Sem perceber, desprezada quem estivesse abaixo disso. Sem perceber, desprezava aquela que um dia fora exatamente o que ele havia desejado. Ela não gostava de ser tratada como inferior, muito menos de ver seu garoto perfeito agindo com aquele ar de superioridade. Desgaste, brigas, desconfianças, mentiras, desgaste, desgaste, cansaço, fim.


"Não deixe nada pra depois, não deixe o tempo passar."

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