Be happy so long.

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Aquela foi a melhor primavera que já vivi - ele dizia - pena que tudo acabou na estação seguinte.

A felicidade plena havia sido alcançada por eles. E nada mais seria suficiente para derrubar as paredes duras de amor que eles construíram. Prestes a comemorarem o terceiro ano como um só ser, planejavam algo especial como comemoração. Tudo foi tão difícil no começo, quase desistiram. "O errado que deu certo." Não havia dúvidas, foram feitos um para o outro. E agora, um sem o outro não existiriam mais. Sabiam tudo sobre o amor, pois viveram cada característica com uma intensidade maior que a necessária. E enfrentavam todas as barreiras que o tempo impunha-os sem estremecer. Tudo o que sabiam aprenderam por conta própria, eram professores de si e alunos do amor que sentiam. Mas esqueceram de um detalhe indispensável: o para sempre, sempre acaba. Era primavera e ele precisava estudar para o vestibular. Inteligente, certamente seria aprovado nas melhores faculdades. Ela estava um ano atrás no colégio, então não se preocupava. Porém, fazia questão de ajudá-lo nos estudos. Juntos era bem mais divertido. Cursaria o mesmo que seu pai, seu tio, seu avô, enfim, coisa de família. Orgulhar seus pais era o único objetivo a alcançar, e não faltava muito para isso. Fácil demais. Aprovado! Mais um motivo de felicidade, era perfeito. Mas, no ano seguinte, ele mudou. Agora se relacionava com meninos da faculdade, e agia como um menino da faculdade. Sem perceber, desprezada quem estivesse abaixo disso. Sem perceber, desprezava aquela que um dia fora exatamente o que ele havia desejado. Ela não gostava de ser tratada como inferior, muito menos de ver seu garoto perfeito agindo com aquele ar de superioridade. Desgaste, brigas, desconfianças, mentiras, desgaste, desgaste, cansaço, fim.


"Não deixe nada pra depois, não deixe o tempo passar."
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Do nosso amor a gente é quem sabe, grandão.

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"Eu quero ser mais que um simples problema."


Domingo, quinze de Novembro de dois mil e nove.
Quem poderia imaginar que chegaríamos tão longe? Você acreditava mesmo nisso? Eu não. As circunstâncias atuais não pedem reconhecimento, tampouco comemoração. Mas, quem se importa com títulos e rótulos? Eu me importava. Só mais um capricho meu, coisa de menina mimada. Não que eu goste da situação atual, aliás, nem sei qual é a situação atual. "Sem títulos, nem rótulos..." Não pretendo mais ser uma opção de escolha, uma tiete ou algo assim. Quero ser diferente, quero inovar. E meus míseros dez meses são nada comparados a todos os anos que outras podem se gabar por ter vivido ao seu lado. E daí? Se fosse uma semana não seria menos importante, menos válido, menos considerável. Tudo depende da intensidade de um sentimento. E o meu, putz, é pra lá de intenso. Porém sou fraca e pouco egoísta. Você primeiro, depois eu. Quero sua felicidade acima de tudo, da minha até. Por isso estou me desarmando. Não estou desistindo, que fique bem claro isso. Só estou me disponibilizando a aceitar qualquer guinada inesperada que a vida der. Continuarei a cruzar os dedos para que as coisas fluam a nosso favor. Esperarei por você por mais dez meses ou mais, se for preciso. E, caso suas escolhas não me favoreçam, a amizade continua. Certo, bê? Eu te amo absurdamente, e agora sei que só amor não é o bastante. Tenho todos os outros ingredientes para que seja perfeito. Estão todos disponibilizados aqui dentro. Hoje lhe dei uma xícara de compreensão. Se amanhã precisar de uma pitada de lealdade, é só bater na minha porta. Dez meses com você dominando meus planos, meus sonhos, minhas reações. Obrigada ♥

Roteirista: Você.

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Ultimamente eu não tenho tido muito tempo ou criatividade para falar de você, de nós, do presente, do futuro, dos sonhos. Perdoe-me por isso. Inconscientemente, acabei tomando uma decisão que modificou totalmente minha maneira de agir, pensar e sentir você. Deve ter percebido como ando distante e dispersa. Não demonstro mais o que sinto com a mesma frequência de antes. Mas isso não significa que eu não sinta, ou que sinta menos Não. Apenas decidi guardar em mim, mostrar para mim e dividir comigo. É claro que essa mudança não ocorreu de uma hora para outra, sem mais nem menos. O seu descaso desencadeou tudo. Talvez nem seja descaso, talvez seja só cansaço. Infelizmente, você não costuma dividir comigo as suas angústias. Então, só me restam suposições. Sua vida tão conturbada e cheia de conflitos está me assustando, e muito. Mas o que sinto é uma vontade imensa de enfrentar todos esses desatinos contigo. Contraditório, ou não. O magnetismo do perigo sempre me dominou, assim explico meu gosto absurdo pelo errado. Por você. Sim, você é errado, pra mim, claro. E, que bom que é. Mesmo quando não quero te querer, eu te quero com toda a intensidade que me é capaz. E mesmo quando meu desejo é te arrancar de mim, eu desejo você ao meu lado, em meus braços. Tomei distancia de você esperando que a saudade de mim abale sua estrutura. Peça-me para voltar, diga que está aflito, que me precisa, e eu voltarei sem hesitar. Deixei de lhe demonstrar o que sinto esperando que você sinta abstinência de minhas palavras. Obrigue-me a dizer, e eu o farei com gosto. Quero que sinta falta do que fui para demonstrar-te quem serei. E, se assim desejar, serei completa e eternamente sua.

Você me completa, basta existir.

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Mais uma prova do meu fim de semana nostálgico...
Eu queria de alguma forma, sentir você hoje. Domingo não é o dia mais alegre da semana, nunca foi. Nem mesmo aquele domingo em que você revelou teus sentimentos. Nem mesmo aquele domingo em que você decidiu tentar de novo. E hoje dediquei meu dia a pensar em você. Aliás, posso dizer que meu fim de semana nostálgico só aconteceu por sua culpa.

Ontem minha prima, sem maldade nenhuma, desavisada da vida, comentou sobre a lua enquanto chegávamos do nosso passeio produtivo. É claro que ela (a lua) estava cheia e linda no alto do céu. É claro também que imediatamente lembrei de você e do que a lua cheia representa pra nós. Tais pensamentos desencadearam uma vontade súbita de ouvir música romântica. Tal vontade me fez relembrar músicas da MPB que me fizeram chorar e refletir. Tais reflexões me fizeram lembrar de amores passados e felicidades esquecidas. Tais recordações me fizeram pensar que eu só havia esquecido de tudo aquilo porque você apareceu na minha vida. Tal contestação me faz ter certeza de que eu sou insanamente apaixonada por você, assim como fui naquele nosso primeiro mês magnífico, assim como serei daqui a alguns anos, ou décadas. Tal sentimento me faz perceber que mesmo estando distante, eu ainda sinto você dentro de mim. Tal percepção me faz acreditar que você me completa, basta existir.

É etranho +1

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"Não te contar meus planos. Não te encontrar"


Houve uma época em que estávamos em plena sintonia. Em que nos comunicávamos sem troca de palavras. Naquela época eu pertencia a você e você pertencia ao mundo, como sempre. Eu era totalmente solícita, entregue até o último fio de cabelo. Mas você era contido, controlado. Isso não é um lamento, tampouco crítica. Eu gostava do seu jeito de ser e agir. Eu gosto. Eu desejava conquistar o mundo ao seu lado. Você só queria um espaço 100x100 que coubesse todas as nossas (poucas) coisas. Éramos pessoas diferentes com pensamentos iguais, sentimentos idênticos e atitudes parecidas. Como pode? Não sei. Só sei que “eu e você” não existíamos. Nós! Era como costumávamos nos classificar. Eu desenhava um futuro para nós e você, mesmo com seu jeito pé no chão até o fim das contas, me ajudava nos mínimos detalhes. Como eu disse, éramos diferentes, com gostos diferentes, desejos diferentes, anseios diferentes, mas quando estávamos juntos, compartilhávamos tudo e tudo se tornava igual e agradável a ambas as partes. Mais amigos que amantes, assim nos entediamos sem a necessidade de cobrança, ou desentendimento, ou queixa, ou arrependimento. Éramos felizes, muito felizes, mais felizes que todos. E nos orgulhávamos disso.

Hoje, o modo como escrevo sobre a vida mudou. O contexto está tão singular, tão pretérito imperfeito.

O pronome pessoal reto "eu" precisa do pronome pessoal reto "tu" para formar o pronome pessoal reto "nós".

É estranho.

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Falando em trilha sonora, fim de semana e músicas melancólicas...
Também achei entre os tantos CDs de minha tia, um CD duplo com os maiores sucessos do Natiruts. Reggae sempre me agradou, mas no ano passado em especial eu estava totalmente reggaeira. Tudo porque o menino-lindo-dos-meus-sonhos curtia reggae. Cheguei a gravar um CD em MP3 só de reggae, e não era pouca coisa não. Vou admitir, eu adorava meu CD. Ouvia todos os dias e, ah, eu amava demais. E sempre tinha o que conversar com meu amor platônico, mesmo que quase nunca o assunto "reggae" fosse o mais longo ou o mais interessante. Enfim, eu viciei em reggae porque reggae me fazia lembrar o meu maior vicio. Agora, depois de uma sessão de nostalgia, lembrei de como era divertida a minha vida, e de como eu reclamava dela sem motivo. O meu CD certamente está perdido entre as minhas bugigangas que pra nada prestam, mas guardo como recordação. Valor sentimental, sabe qualé? E o menino-lindo-dos-meus-sonhos deixou que eu fizesse parte da vida dele, depois permitiu que eu tivesse um papel importante na mesma, e, após alguns acontecimentos que prefiro não comentar, passou a me ver como uma vadia podre. Hoje somos menos que amigos, menos até que colegas. Aliás, aposto que nem nos reconheceríamos na rua.

O mundo dá voltas.

Trilha sonora da minha vida.

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Nesse fim de semana resolvi procurar, entre as tantas pilhas de CDs que minha tia possui alguns que me agradassem por completo ou que tivessem ao menos uma música legal. Fui lendo títulos e cantores, música por música, até formar a minha própria "pilha" de preferências. Logo me dei conta de que mais da metade dos CDs escolhidos eram de MPB e afins. Cássia Eller, Marisa monte, Marina Lima, Vanessa da Mata, Jorge Versilo, enfim, só gente de categoria. Sabe essas músicas que você ouve desde pirra, que grudam na sua memória para nunca mais sair? Então. Mas, comigo a coisa é mais intensa. Marisa monte me fez chorar com todas aquelas declarações para seu mais-que-perfeito amor que nunca se acaba. Cássia Eller aumentou a intensidade das lágrimas admitindo que mesmo após o término de seu amor, ainda ama. Jorge Versilo me fez refletir quando cantou sobre a vida rotineira à dois. Vanessa da Mata me fez lembrar de bons tempos que tive. Bons tempos. E Marina Lima? Po, Marina Lima é MARINA LIMA!

Posso fazer planos com você?

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Você pode até mudar ou talvez eu mude. A gente podia um dia acordar e ver que não existe mais motivos pra tanta coisa. Mas enquanto isso, por um instante, posso fazer planos com você? Mesmo que você suma amanhã, me troque, me esqueça, posso falar de futuro?

Não pense que sou um cara desesperado ou ingênuo. Eu apenas quero dividir tudo que puder com você, enquanto esse momento existir. Pode parecer sem lógica falar onde jantaremos quando completarmos 3 anos juntos. Mas não tem problema. Eu quero que seja só isso. Coisas ditas sem pretensão, num sábado a tarde, com a tv ligada em qualquer canal, só pela preguiça de mudar de canal. Segredos ditos entre uma cochilada e outra, no meio de um almoço ou durante um abraço no lençol. Quero pensar em nomes pra os nossos filhos, imaginar a nossa sala, nosso jardim.

Imaginar quantos quartos terá nossa casa, como vai ser a cozinha, parece idiotice. Mas é tão bom planejar tudo com você, saber o que você pensa sobre as maiores inutilidades do mundo. Quando eu perguntar se vamos acompanhar as Olimpíadas de 2016, diga que sim, por favor, sem nem perguntar onde vai ser. Nem eu mesmo sei onde vai ser. E tudo bem se até lá mudarmos de idéia. O importante é que agora você queira estar lá comigo em 7 anos. Ainda que em 5 anos desista.

Eu quero discutir a raça de cachorrinho vamos adotar. Se é que vai ser um cachorro e não um gatinho. Decidir qual rosas plantaremos no jardim ou se a sala deve ter uma televisão. Eu voto em não. E você? Pode falar, fala vai. Sem medo de parecer besta.

Sentir saudade dos planos que nunca se realizaram é uma das coisas que mais doem quando tudo acaba. Mas prefiro isso a não poder brincar de futuro com você.



Por: Vinícius Pordeus