Vibrações e um som abafado saem de baixo do travesseiro. Ao som de The Ting Tings, o despertador começa a tocar. Automaticamente, levantei somente a cabeça e localizei o celular, desliguei. Esperei alguns minutos, ainda na cama, até retomar totalmente a consciência. Ainda passeavam em meus pensamentos as cenas do sonho que o despertador interrompeu. Nada de muito interessante. Talvez fosse um daqueles sonhos com significados, talvez eu devesse pesquisar pra saber do que se trata. Dez minutos se passaram, eu ainda imóvel. Pensei em levantar, segunda feira, escola, argh. Logo me lembrei de que não teria aula e me xinguei por ter esquecido de reprogramar o despertador. Agora eu estava quase que totalmente desperta. Eram cinco e treze da manhã e eu não queria mais dormir. Peguei meu celular novamente, alguns apertos nas teclas até encontrar minha play list preferida. Eu não queria uma música em especial, então deixei que as músicas tocassem aleatoriamente. Concentrada nas letras, tentando não pensar em nada mais. Cantarolei alguns trechos, alguns refrões. Minutos a mais se passaram, e então comecei a imaginar a música sendo tocada, ao vivo, enquanto eu curtia deitada na minha cama. Meio louco, eu sei. Mas foi bem interessante ver Marcelo Camelo cantando A Outra. Logo percebi que a cena que eu via eram as mesmas do DVD que a pouco ganhei. Eram apenas lembranças de clipes, e não cenas criadas por mim. Que droga. Nem no imaginário eu consigo ser competente. Virei para o lado e senti a cama maior que de costume. Não me importei, o que foi estranho. Mais algumas tateadas na cama e, então, encontrei o que procurava. Apoiei o braço e me aproximei mais, quase juntando meu corpo àquilo que eu queria me aninhar. De repente a música mudou. Ao som de The Ting Tings, o despertador começa a tocar. Novamente? Automaticamente, levantei somente a cabeça e localizei o celular, desliguei. Esperei alguns minutos, ainda na cama, até retomar totalmente a consciência. Ainda passeavam em meus pensamentos as cenas do sonho que o despertador interrompeu. Tão real que demorei a perceber que fora sonho. Lá estava eu, apoiando meu braço e aninhando meu corpo em algo que jurava ser ele. Segurei a lágrima que teimava em escapar, fui mais forte que ela. Acariciei o pelo do meu cachorro de pelúcia e disse: Desculpa por isso, Teddy.

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